A new species of pentastomida infecting Tropidurus hispidus (Squamata: Tropiduridae) from Caatinga in Northeastern Brazil

This article describes a new species of Brazilian Raillietiella Sambon, 1910 from lungs of Tropidurus hispidus (Spix, 1825). Between July and October 2005 eighteen specimens of T. hispidus were actively captured with elastic rubber slings in granite outcrops (lajeiros) (06° 59’ S and 39° 31’ W) from caatinga formations in the municipality of Farias Brito, State of Ceará, Northeastern Brazil. One female and one male of T. hispidus had lungs infected by Raillietiella mottae sp. nov. (prevalence 11.1 percent and mean intensity of infection 6.0 ± 1.4, range 5-7). The parasite’s main diagnostic characteristics include the dimensions of sharp hooks and strongly curved or "C-shaped" male copulatory spicules with knob-like posterior projection from the base towards the inner curvature of the spicule.

Este artigo descreve uma nova espécie de Raillietiella Sambon, 1910 a partir dos pulmões de Tropidurus hispidus (Spix, 1825). Entre julho a outubro de 2005, dezoito espécimes de T. hispidus foram coletados ativamente usando-se estilingues em formações rochosas (lajeiros) (06° 59’S e 39° 31’W) no domínio da caatinga no município de Farias Brito, estado do Ceará, nordeste do Brasil. Uma fêmea e um macho de T. hispidus tinham seus pulmões infectados por Raillietiella mottae sp. nov. (prevalência 11,1 por cento e intensidade média de infecção 6,0 ± 1,4, amplitude 5-7). As principais características diagnósticas dos parasitas incluem as dimensões dos ganchos com ponta aguda e as espículas copulatórias curvadas ou "em forma de C", com base posterior em forma de maçaneta, cuja parte distal é direcionada para o interior da curvatura da espícula.

Prevalence and intensity of pentastomid infection in two species of snakes from northeastern Brazil

This study aimed to evaluate the infection rates of snakes by pentastomids in the semi-arid region of Brazil. Fifteen snakes (four Micrurus ibiboboca (Merrem, 1820) and eleven Philodryas nattereri Steindachner, 1870) were collected between January and April of 2005, in the municipality of Crato (07° 14' S and 39° 24' W), State of Ceará, Brazil. Laboratorial analysis of the respiratory tracts of the sampled snakes indicated differences in host infection rates: four individuals of P. nattereri (36.4 percent) were infected by Cephalobaena tetrapoda Heymons, 1922 (mean infection intensity 1.5 ± 0.28, 1-2) and three specimens (27.3 percent) by Raillietiella furcocerca (Diesing, 1863) (2.3 ± 1.32, 1-5). Only one individual of M. ibiboboca (25 percent) was infected by a non-identified species of Raillietiella sp. These are the first data on pentastomid infection in snakes in Northeastern Brazil and both snake species comprise new host records for the pentastomids. The results also indicate that the generalist parasites C. tetrapoda and R. furcocerca share their definitive hosts.

Este artigo visou compreender as taxas de infecção por pentastomídeos em serpentes na região do semi-árido brasileiro. Quinze serpentes (quatro Micrurus ibiboboca (Merrem, 1820) e onze Philodryas nattereri Steindachner, 1870) foram coletadas entre os meses de janeiro e abril de 2005, no município do Crato (07° 14' S and 39° 24' W), Estado do Ceará. A análise laboratorial do trato respiratório das serpentes amostradas indicou diferenças nas taxas de infecção: quatro indivíduos de P. nattereri (36.4 por cento) estavam infectados por Cephalobaena tetrapoda Heymons, 1922 (intensidade de infecção média de 1.5 ± 0.28, 1-2) e três (27.3 por cento) por Raillietiella furcocerca (Diesing, 1863) (2.3 ± 1.32, 1-5). Apenas um indivíduo de M. ibiboboca (25 por cento) estava infectado por uma espécie não identificada de Raillietiella sp. Essas informações constituem os primeiros dados sobre infecção por pentastomídeos em serpentes para a região do nordeste brasileiro e ambas as espécies de serpentes constituem novos hospedeiros para os pentastomídeos identificados. Os resultados também indicam que os parasitas generalistas C. tetrapoda e R. furcocerca compartilham seus hospedeiros definitivos.